viernes, 21 de mayo de 2021

5- CAVEIRA. Massilon Silva

"Bela caveira". Manuel Castelin

NO PORTUGUÊS ORIGINAL

   Caveira.  Massilon Silva 


Aquele terno dantes nunca usado, 

De puro linho, corte da Sicília, 

Mais os sapatos vindos de Sevilha, 

Comprei-os de um toureiro apaixonado. 


Até agora tudo está guardado 

Pra quando enfim seguir por outra trilha;

Abandonar amantes e família, 

Quando me for daqui, mudar de estado. 


E se algum dia o corpo me exumarem, 

Que digam todos que pra mim olharem:

É mais bonito do que fora em vida! 


Que nunca viram nem se tem notícia, 

De um mausoléu que guarde por resquícia 

Uma caveira assim tão bem vestida.














EN GALEGO

Caveira. Massilon Silva



Aquel traxe denantes nunca usado,

De puro liño, corte de Sicilia,

Máis os zapatos vindos de Sevilla,

Compreinos dun toureiro apaixonado.



Ata agora todo está gardado

Para cando en fin siga para outro lado;

Abandonar amantes e familia,

Cando fóra de aquí, mude de estado.



E se algún día o corpo me exuman,

Que digan todos os que para min ollen:

É máis bonito do que fói en vida!



Que nunca viran nin se ten noticia,

Dun mausoleo que garde por resquício

Unha caveira así tan ben vestida.


EN ESPAÑOL

Calavera. Massilon Silva


Aquel traje antes nunca usado,

De puro lino, corte de Sicilia,

Más los zapatos venidos de Sevilla,

Los compré de un torero enamorado.



Hasta ahora todo está guardado

Para cuando finalmente por otra senda siga;


Abandonar amantes y familia,

Cuando me vaya de aquí, a cambiar de estado.



Y si algún día el cuerpo me lo exuman,

Que digan todos cuantos para mí miren:

Es más bonito de lo que fuera en vida!



Que nunca viose ni se tiene noticia,

De un mausoleo que guarde por resquicio

Una calavera así tan bien vestida.

sábado, 15 de mayo de 2021

4 - ANTES DE SER. Anna Maria Fernandes

Antes de ser. Anna Maria Fernandes

EM PORTUGUÊS ORIGINAL


O amor antes de ser            

É vulnerável e sem lastro         

É apenas um desejo       

Que quando satisfeito     

Se vai sem deixar rastros     

O amor antes de ser           

Não tem urgências     

Não aposta a longo prazo         

Não cresce em eloquência               

Não adocica palavras     

Sobre o amor quase nada           

Mais se tem a dizer        

Quase tudo já foi dito         

Quando se vê         

O amor antes de ser            

Nunca chega a ser mito   

Passa do ponto        

Passa da hora            

Nunca chega a ser             

O que dele se espera        

Música que explode      

Numa trilha sonora        

Que se fosse amor         

Ficaria na memória      

Mas como não é                

Não vinga, implode       

Numa mera ilusão.

EN GALEGO

Antes de ser. Anna Maria Fernandes


O amor antes de ser

É vulnerábel e sen lastro

É só un desexo

Que cando satisfeito

Vaise  sen deixar rastros

O amor antes de ser

Non ten urxencias

Non aposta a longo prazo

Non crece en elocuencia

Non adoza palabras

Sobre o amor case nada

Máis se ten a dicir

Case todo xa foi dito

Cando se ve

O amor antes de ser

Nunca chega a ser mito

Pasa do punto

Pasa da hora

Nunca chega a ser

O que del se espera

Música que estoura

Nunha banda sonora

Que se fose amor

Quedaría na memoria

Mais como non é

Non brota, explota

Nunha mera ilusión.

EN ESPAÑOL

Antes de ser. Anna Maria Fernandes


El amor antes de ser

Es vulnerable y sin lastro

Es sólo un deseo

Que cuando satisfecho

Si va sin dejar rastros

El amor antes de ser

No tiene urgencias

No apuesta a largo plazo

No crece en elocuencia

No endulza palabras

Sobre el amor casi nada

Más si hay que decir

Casi todo ya fue dicho

Cuando se ve

El amor antes de ser

Nunca llega a ser mito

Pasa del punto

Pasa de la hora

Nunca llega a ser

Lo que de él se espera

Música que explota

En una banda sonora

Que si fuera amor

Quedaría en la memoria

Pero como no es

No brota, explota

En una mera ilusión.



viernes, 14 de mayo de 2021

3- PEDRAS E ESPINHOS. Carlinhos Poeta

 
"Pedras do caminho". Manuel Castelin

Pedras e espinhos. Carlinhos Poeta.

ORIGINAL EM PORTUGUÊS

Entre pedras e espinhos

Fica o caminho até o amor

Em cada pétala da flor

É uma cancela a se abrir

Na companhia da vida,

Pedindo licença ao pranto,

Com versos de amor.

Entre o riso e a lágrima

Fica a verdade verdadeira

Sob sol e chuva da saudade

Se escreve um poema,

No cantar do passarinho

Vem a alegria sem cor

Com as loucuras do amor.

Entre a noite e o dia

Ficam as horas

Onde tudo pode se viver

Inclusive nada,

Por certo, nessa conta

Não conta o amor.

"Ante la vida". Manuel Castelin

EN GALEGO

Pedras e espinhos. Carlinhos Poeta.


Entre pedras e espiños

Queda o camiño ata o amor

En cada pétalo da flor

É unha cancela para abrir

Na compañía da vida,

Pedindo licenza ao pranto,

Con versos de amor.

Entre o riso e a bágoa

Queda a verdade certa

So sol e choiva da saudade

Se escribe un poema,

No cantar do paxariño

Vén a alegría sen cor

Coas loucuras do amor.

Entre a noite e o día

Quedan as horas

Onde todo pódese vivir

Inclusive nada,

Por certo, nesa conta

Non conta o amor.

"Observador". Manuel Castelin

EN ESPAÑOL

Piedras y espinhos. Carlinhos Poeta.


Entre piedras y espinos

Queda el camino hasta el amor

En cada pétalo de la flor

Es una cancela para abrir

En la compañía de la vida,

Pidiendo licencia al llanto,

Con versos de amor.

Entre la risa y la lágrima

Queda la verdad verdadera

Bajo sol y lluvia de la nostalgia

Se escribe un poema,

En el cantar del pajarito

Viene la alegría sin color

Con las locuras del amor.

Entre la noche y el día

Quedan las horas

Donde todo puede vivirse

Inclusive nada,

Por descontado, en esa cuenta

No cuenta el amor.

2- LICENÇA POÉTICA. Massilon Silva

"Licença pictórica1". Manuel Castelin

Licença Poética. Massilon Silva 

ORIGINAL EM PORTUGUÊS

Hoje eu só queria

Cavalgar seu corpo

Navegar seu tédio

Diluir seus medos

Me perder nos tempos

Me encontrar nos ventos 

Que te rasgam os trapos. 


Deixá-la mais lenta

Encontrar seu norte

Penetrar seu ventre

Me fazer inerte 

Entre vãos esquivos. 


Agitar seus montes 

Consumir seu leite

Derramar o prato 

Acelerar o parto 

Distrair o feto 

Destruir o teto 

Desse infante féretro. 


Caminhar inútil

Por ruas estranhas 

De suas entranhas 

Minha vida fútil 

De você invicta. 


Que bom desejar-te 

E em sonho encontrar-te

Numa poesia 

Sem rima e sem métrica 

Com todos defeitos 

Múltiplos efeitos 

Licença poética.

"Licença pictórica 2". Manuel Castelin
EN GALEGO

Licenza Poética. Massilon Silva

Hoxe eu só quería

Cabalgar teu corpo

Navegar teu tedio

Diluir teus medos

Me perder os tempos

Me encontrar nos ventos

Que che rasgan os trapos.



Deixarte máis lenta

Encontrar teu norte

Penetrar teu ventre

Me facer inerte

Entre vans esquivos.



Axitar teus montes

Consumir teu leite

Derramar o prato

Acelerar o parto

Distraer o feto

Destruír o teto

Dese infante féretro.



Camiñar inútil

Por rúas estrañas

Das túas entrañas

Miña vida fútil

Da túa invicta.



Que bo desexarche

E no soño encontrarche

Nunha poesía

Sen rima e sen métrica

Con tódolos defectos

Múltiples efectos

Licenza poética.


"Licença pictórica 3" Manuel Castelin
EN ESPAÑOL

Licencia Poética. Massilon Silva
 

Hoy yo sólo quería

Cabalgar tu cuerpo

Navegar tu tedio

Diluir tus miedos

Perderme los tiempos

Encontrarme en los vientos

Que te rasgan los trapos.


Dejarte más lenta

Encontrar tu norte

Penetrar tu vientre

Hacerme inerte

Entre vanos esquivos.


Agitar tus montes

Consumir tu leche

Derramar el plato

Acelerar el parto

Distraer el feto

Destruir el techo

De ese infante féretro.


Caminar inútil

Por calles extrañas

De tus entrañas

Mi vida fútil

De la tuya invicta.


Que bueno desearte

Y en el sueño encontrarte

En una poesía

Sin rima y sin métrica

Con todos los defectos

Múltiples efectos

Licencia poética.

1- A SOMA DAS PALAVRAS. Anna Maria Fernandes

"A Poetisa" Manuel Castelin

 A soma das palavras, Anna Maria Fernandes

 ORIGINAL EM PORTUGUÊS

A poesia desperta 

Quando o silêncio fala mais alto 

Brota em palavras  

E de nada adianta     

Querer sufocá-la

Surge caudalosa             

Límpida água de cachoeira 

Um Rio que conta 

Encantadas histórias    

De um velho Chico    

Explode em cores

Nas telas de Van Gogh 

Nas imagens fantasiosas 

De "La Dolce vita", de Fellini

A poesia está ali 

Vibrante, impõe-se nua entre os amantes  

Desde o raiar do sol     

Até o nascer da lua     

A poesia também agoniza  

Na dor dos refugiados       

Na fome dos desabrigados    

Grita palavras de ordem 

Nas passeatas, protesta! 

A poesia pulsa 

Reina entre os seus pares 

Nas mãos dos ventos 

Atravessa mares   

Caminha nos ares   

Derruba muros 

Enfrenta invernos 

Mistura vozes      

A essência da Poesia 

É a soma de todas as palavras   

De todos as paixões   

É a soma de muitos céus        

E de muitos infernos.   

"Poetisa declamando" Manuel Castelin

EN GALEGO

A suma das palabras, Anna Maria Fernandes


A poesía desperta

Cando o silencio fala máis alto

Brota en palabras

E de nada adianta

Querer sufocála

Xorde caudalosa

Límpida auga de fervenza

Un Río que conta

Encantadas historias

Dun vello Chico

Estoura en cores

Nas teas de Van Gogh

Nas imaxes fantasiosas

De "La Dolce vita", de Fellini

A poesía está alí

Vibrante, imponse núa entre os amantes

Desde o raiar do sol

Até o nacer da lúa

A poesía tamén agoniza

Na dor dos refuxiados

Na fame dos desabrigados

Grita palabras de orde

Nas camiñadas, protesta!

A poesía pulsa

Reina entre os seus pares

Nas mans dos ventos

Atravesa mares

Camiña nos ares

Derruba muros

Afronta invernos

Mestura voces

A esencia da Poesía

É a suma de tódalas palabras

De tódalas paixóns

É a suma de moitos ceos

E de moitos infernos.

"Alas sobre el abismo", Manuel Castelin
EN ESPAÑOL

La suma de las palabras. Anna Maria Fernandes


La poesía despierta

Cuando el silencio habla más alto

Brota en palabras

Y de nada adelanta

Querer sofocarla

Surge caudalosa

Límpida agua de cascada

Un Río que cuenta

Encantadas historias

De un viejo Chico

Explota en colores

En las telas de Van Gogh

En las imágenes fantasiosas

De "La Dolce vita", de Fellini

La poesía está allí

Vibrante, se impone desnuda entre los amantes

Desde el rayar del sol

Hasta el nacer de la luna

La poesía también agoniza

En el dolor de los refugiados

En el hambre de los desamparados

Grita palabras de orden

En las marchas ¡protesta!

La poesía pulsa

Reina entre sus pares

En las manos de los vientos

Atraviesa mares

Camina en los aires

Derrumba muros

Enfrenta inviernos

Mezcla voces

La esencia de la Poesía

Es la suma de todas las palabras

De todas las pasiones

Es la suma de muchos cielos

Y de muchos infiernos.

12- VIDA POEMA. Carlinhos Poeta

"Rio encantado" Manuel Castelin Vida Poema, Carlinhos Poeta NO PORTUGUÊS ORIGINAL O amor é um rio cheio, Que faz germinar a sement...